domingo, 28 de outubro de 2007

So Happy Together



Escreveu Pessoa: "Todas as cartas de Amor são ridículas. Não seriam cartas de Amor se não fossem ridículas".

Seja como for, o que importa é mesmo o Amor.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Privação de sono pode originar condutas emocionalmente irracionais


Um estudo do Laboratório de Sono e Neuroimagem da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revela que a falta de sono conduz a um comportamento emocional irracional com reacções exageradas a experiências negativas.

O estudo publicado na revista «Current Biology», demonstra a ligação entre a perda ou privação do sono e os transtornos psiquiátricos. Segundo o estudo, a privação de sono «desliga» a região do lóbulo pré-frontal, que normalmente mantém as emoções sob controlo, provocando nos centros emocionais do cérebro uma reacção exagerada a experiências negativas.

Através de imagens de ressonância magnética funcionais, os cientistas analisaram o que ocorre nas áreas emocionais do cérebro quando as pessoas não dormem o suficiente para obter um bom descanso.

«O sono parece restaurar nossos circuitos emocionais no cérebro, e ao fazê-lo, nos prepara para os desafios do dia seguinte e para as interacções sociais», a afirma Matthew Walker, um dos investigadores, acrescentando «O mais importante desse estudo é que mostra os perigos de não dormir o suficiente. A privação de sono quebra os mecanismos do cérebro que regulam os pontos-chave da nossa saúde mental».

Os cientistas já sabiam que a privação de sono prejudica um enorme conjunto de funções corporais, incluindo o sistema imunitário e de metabolismo e os processos cerebrais de aprendizagem e memória, mas esta é a primeira vez que se prova o papel do sono no governo do estado emocional do nosso cérebro.

Os investigadores dividiram um grupo de 26 pessoas em dois grupos: um que dormiu normalmente, e outro em que os participantes foram mantidos acordados por cerca de 35 horas.

No dia seguinte, os cérebros dos participantes foram fotografados por ressonância magnética, processo que mede a actividade cerebral com base na pressão sanguínea, enquanto viam 100 imagens. Ao princípio, os participantes no estudo encaravam as imagens como emocionalmente neutrais, mas ganharam-lhes cada vez mais aversão com o tempo

Walker afirmou que «Tinha previsto um aumento potencial das reacções emocionais do cérebro [nas pessoas privadas de sono], mas a magnitude do aumento foi surpreendente», «É quase como se, com a falta de sono, o cérebro ficasse com uma actividade mais primitiva, com menos capacidade de colocar as experiências emocionais dentro de um contexto e de produzir respostas apropriadas».

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Vejam bem (a propósito de recordar Coimbra)


«Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar,
quando um homem se põe a pensar.

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia,
dorme à noite ao relento no mar,
dorme à noite ao relento no mar.

E se houver
uma praça de gente madura,
E uma estátua
E uma estátua de febre a arder...

Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer,
e não há quem lhe queira valer.

Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão,
desbravando os caminhos do pão.

E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vai,
ninguém vai levantá-lo do chão.
»

Letra e música: Zeca Afonso

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Maio de 68 - A utopia das gerações académicas de 69 foi apenas isso...Utopia.


Caminhamos inconscientemente para um Estado Totalitário, inocentemente crentes numa Democracia em cujo povo não admite a essência Oligárquica de legitimidade border-line dos seus Senhores.

Tal como na Alemanha nos anos 30, a maioria da população urbana e toda a população rural, agora info-excluída além de iletrada, não compreende o que se passa. Não entendem porque desconhecem a informação indispensável. Não querem sequer gastar tempo a entender o que se passa em seu redor porque estão entretidos com as telenovelas, o futebol e a miragem de uma vida como-a-da-vida-dos-ricos-e-famosos.
Na ilusão que lhes proporcionaram, apenas desejam ser deixados em paz, para continuar a monótona e eterna luta de sobrevivência entre o início e o fim do mês, aguardando o parco soldo, atolados na preocupação de fazer face aos custos da armadilha neo-feudal que estimulou o facilitismo consumista "em suaves prestações".

Compreende-se que seja difícil, toda esta situação decorre num clima de anestesia psicossocial permanentemente enfatizado por ameaças várias que fazem jus ao provérbio "para pior, antes assim". No ventre da paranoia utilitária estão incluídas dois gémeos siameses: a ameaça do terrorismo fundamentalista islâmico e o risco do colapso económico, tal qual um Frankenstein esquizofrénico de paternidade neo-conservadora e útero islamista, amplamente mediatizados por influência dos interesses, obscuros, do verdadeiro Poder.

O medo quando eficientemente exagerado, pode resultar em terror e entorpece; portanto, pode ser muitíssimo útil para alguns, apesar do incómodo para a maioria.

O torpor actual da população portuguesa é também repetidamente reforçado pelo receio ansioso de perder os parcos meios de subsistência por causa de uma qualquer falência surpresa ou pela ameaça velada de serem alvos fáceis de uma qualquer penhora consequente ao emergir da insolvência por excesso de créditos. O que se poderá dizer ou fazer quando se sabe que educar decentemente um filho custa o equivalente a dois salários mínimos?

Muitos foram aqueles que, crédulos e dignos, aquilatavam que o Estado pós 25 de Abril iria finalmente querer acabar com o Mal, sendo já são apenas uns quantos que têm vindo a descobrir que a chamada "Revolução" descurou quem deveria proteger. De serve a nobreza e o bom carácter quando imersas num atoleiro de torpeza?

A geração da revolta estudantil de 1969, na minha opinião, falhou. Falharam as chamadas elites políticas, de quem o país esperava um mundo novo e obteve uma aldeia endividada.

Aquelas elites, à esquerda e à direita, do alto do seu egocentrismo, cantam repetidamente desde aquela época fadunchos após touradas ou temas de intervenção arranhados em guitarradas ébrias entre amigalhaços nostálgicos, enquanto catrapiscam algumas franguinhas/os encantadas/os pela hipnose branca das cobras velhas. Tudo garganta, muita parra pouca uva (encarquilhada e seca).

Envelhecidos pelos excessos, obesos com as artérias entupidas, inebriados por abusos sucessivos, por taras inenarráveis e pervertidos por anos a fio de habituação a fetiches banalizados entre concretizações esgotantes de perversas fantasias, já não possuem energia para a recriação do Amor que antes glorificaram. Agora, apenas podem ambicionar ao prazer fácil, imediato e dúbio, que pouca culpa lhes trará, experientes que estão na ausência crescente de insensibilidade perante a pureza e da falta de remorsos perante a destruição do outro.

Assim como a tal posição sexual, a elite governativa da utópica geração de 69 fecha sobre si um círculo de auto-gratificação que dá prazer aos intervenientes directos, mas que é limitativo na gestação de prole e, por isso mesmo, frustrante na continuidade melhorada da situação. Há porém, uma verdade inultrapassável: o decorrer do Tempo será o melhor juiz de todas as coisas.

Quanto à minha própria geração - aquela outra das efémeras manifestações anti-PGA e dos pífios movimentos anti-propinas - na sua maioria aguardam pacientemente a oportunidade de intervir, (des)crentes que estão na (des)honestidade legítima dos agentes do Estado, eleitos ou nomeados para defender o Bem da Nação. Pois sim: aos queridos colegas da minha década, a de 70, aos jotinhas já crescidos e afins, não lhes auguro grandes sucessos se imitarem ou se apenas reformarem superficialmente os procedimentos vigentes da geração anterior. Viu-se bem no que deu a evolução na continuidade da Primavera Marcelista .

Se o sucesso de Portugal pode implicar uma continuidade, um corte ou uma ruptura, não me compete opinar publicamente - disso não tenho qualquer obrigação e muito menos para tal sinto vontade; Apenas direi que o sucesso lato senso depende de uma vasta equação que contém, entre muitas outras variáveis, a gestão racional das emoções, a aplicação sensível da racionalidade e do desempenho audaz da administração por pessoas competentes.

A propósito de (in)competência: têm sido alguns os sintomas que evidenciam ultimamente uma deriva autoritária emergente, entre outros sinais corrupcionais preocupantes; convém pois, permanecer alerta, construtivo e jamais abdicar da nossa responsabilidade de intervir como cidadãos em prol da sociedade. Ora a propósito disto, diz-me um querido amigo do alto da sua prudência abonada, que quem pensa e escreve certas coisas poderá até mesmo vir a ser acusado de desobediência civil. Agradeço o aviso e reconheço em algumas situações recentes tornadas públicas aquele aviso.
Se assim for, teremos chegado à re-legitimação do defunto "Delito de Opinião" mas principalmente ao atropelo descarado, perverso e fatal da Constituição da III República. Será por isso que se fala, nos tempos que correm, em mudar a dita cuja?

Não descarto a possibilidade de que a tal absurda e kafkiana hipótese acusatória um dia me possa vir a suceder, a mim ou a qualquer outra alma realista que ouse manifestar-se sem ser politicamente correcta, como alías já ocorreu num passado muito recente. Mas descanse o meu caro amigo porque se tal um dia suceder, aceitarei o seu poderoso patrocínio que sei que paternalmente me imporá. Tudo porque também reconheço, que sendo desprovido de substanciais meios, sou rico em amizades fraternais, estando assim obrigado a não ser estupidamente orgulhoso.

Sendo assim sejamos claros: hoje penso que, para quem está atento ao decorrer dos pormenores do tempo, existem vários sinais que revelam um insidiosa tendência para a fundação de um Estado neo-Totalitário, um híbrido anormal travestido de roupagens da Democracia, mas com uma Oligárquica matriz interior, de traços e instintos absolutistas: regulamentação para tudo, dependência para quase todos. Ainda recentemente fomos testemunhas silenciosas e colaborantes (por inacção)de um golpe de Estado constitucional que veio a resultar numa posterior maioria absoluta que, por enquanto, se mantêm. O povo, essa imensa massa heterogénea que não têm uma só opinião, deixa-se influenciar com facilidade. Doutro modo, não existiriam, agora e no passado, ditadores eleitos democraticamente.

E é dentro desta dependência pela liderança pater família que, envoltos nos longos braços dos pastores que detém o cajado e os cães de guarda, dormimos como ovelhas no redil. Um povo que dorme assim é porque tem a consciência leve ou então é crente ou é ingénuo, ou é tudo isto em simultâneo, sendo tal facto enternecedor sem deixar de ser preocupante. – Mas… e se os pastores forem também eles, afinal, os lobos? Será pois caso para recordar a locução latina que desculpará quem os legitimou: beati pauperes spiritu.

A ser assim, no mínimo um destes dias acordaremos numa Cadeia, em consequência de uma qualquer decisão aleatória de prisão preventiva emitida pela infalibilidade dos meritíssimos semi-deuses que seguem à letra os ditames normativos feitos à medida dos interesses da situação.

Quando abrirmos tardiamente os olhos para o pesadelo, veremos no beliche de cima o vizinho que festejou o aniversário e bebeu uns copos arriscando ir para casa de carro: teve azar, não foi previamente avisado por um amigo da esquadra sobre a operação-stop dessa noite.

Na cela do lado estarão também o merceeiro e o dono do café da esquina, a passar o tempo de detenção por fraude após inábil fuga ao fisco tentada para evitar a falência depois de mais uma subida dos impostos que lhes prometeram não subir ou em consequência da abertura de mais um Centro Comercial. Uma ficção, não é verdade?

Continuando este irrealista cenário, no pátio encontraremos o arrumador a quem costumávamos dar umas moedas e que foi detido por tráfico para consumo. Chegados ao refeitório, podemos almoçar com homem do talho, preso por ter dado uma estalada no filho grosseirão. Quando regressarmos pelos corredores lúgubres à cela, se sobrevivermos ao stresse das ameaças de violação e às agressões físicas dos "soldados" que cumprem pena para salvar as hierarquias do polvo, talvez consigamos ambicionar o sonho de emigrar se formos libertados vivos e sãos.


Na cadeia estaremos todos garantidos disto: vamos aprender a amaldiçoar o dia em que nascemos inocentes, crédulos e pobres, sem qualquer hipótese viável de sermos "empreendedores de sucesso" ou de termos conseguido obter um fluxo financeiro relevante para a contratação dos serviços de um escritório de advogados especialistas ou de um lobbie que nos promova uma revisão legal das normas, ou outros serviços de limpeza regiamente pagos por contas instaladas num qualquer offshore.

Deus tenha Piedade de nós.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Pia casa, pia baixinho - brandos costumes, públicas virtudes e vícios privados.


O Senhor Presidente da República, a quem por minha própria e livre iniciativa formalmente apoiei (passando, não sem aborrecimento, pela burocracia que envolve a papelada que é exigida ao cidadão apoiante de uma candidatura) aquando as eleições presidenciais, já se pronunciou publicamente sobre o tenebroso assunto do Processo Casa Pia. No entanto, tal como as (in)consequências resultantes do discurso Presidencial do 5 de Outubro de 2006 (no qual o PR alertou a sociedade e a governação para o alastramento da corrupção a todo o sistema do Estado), temo bem que os responsáveis pela Investigação e resolução judicial deste flagelo, e de outros problemas prementes, façam novamente ouvidos de mercador.

Aguardo e espero serenamente que o mais Alto Magistrado da Nação continue a cumprir os pressupostos que me moveu (e move) como cidadão a agir voluntáriamente em seu apoio: garantir a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas, e a defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.

Antecipa-se um possível resultado penal suave e resumidamente isto quer significar que ficará tudo "em águas de bacalhau". Deste modo, se tal suceder, os Tribunais (e o sistema judicial) irão novamente revelar toda a sua fragilidade na aplicação da justiça, reforçando a enorme descrença que os cidadãos sentem de dia para dia acerca do Ramo Judicial, um dos orgãos mais importantes da soberania democrática.

Quando penso sobre a situação actual da Justiça (para não dizer "na noção de justiça da Situação"), concluo que o normativo jurídico, inclusive o código penal, deve continuar a ser analisado e corrigido, tendo em consideração a avaliação continuada das últimas revisões; é natural que assim seja já que as sociedades evoluem contínuamente assim como as regras que sustentam a dinâmica da interacção social. Por conseguinte, penso que teria sido muito mais adequado que esta última revisão do código do processo penal fosse aplicada gradualmente como parte de um processo de actualização sendo concomitantemente alvo de uma avaliação objectiva e independente.

Perante as emergentes evidências de disrupção em curso - inclusive aquelas recentes que envolvem visitas de policiais a sindicatos, entre outras ocorrências de corrupção económica e política ou de crime violento que são do conhecimento público - poderemos então concluir que aquelas intervenções públicas de Sua Excelência O Presidente da República foram, e são, actualíssimas e que estão intrinsecamente correlacionadas com a essência das preocupações explícitas na mensagem presidencial acima referida.

Em face disto, é da mais elementar evidência que deverão ser tomadas medidas excepcionais para solucionar os sinais evidentes da decomposição dos mais elementares fundamentos da democracia do Estado Português, a começar pela Investigação Criminal e pela aplicação exemplar da Lei.

A degradação constante dos pressuposto básicos da Democracia significa a implosão da própria.

Veremos como vai ser.

...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Escutai bem as escutas...

ESCUTAS

«CONVERSA SOBRE INQUÉRITO - Paulo Portas e Abel Pinheiro conversam um dia depois de o ex-tesoureiro do CDS ter jantado com Celeste Cardona

- Abel Pinheiro fala com Paulo Portas, a 13 de Abril de 2005, sobre uma investigação ao CDS. O ex-tesoureiro do partido garante que a informação sobre a existência do inquérito foi confirmada por Celeste Cardona.

Abel Pinheiro (AP) – Eu ontem jantei com a nossa amiga Celeste...

Paulo Portas (PP) – Sim.

AP – Foi ela que me tinha convidado para jantar e... me disse as mesmas coisas.

PP – Hum!

AP – De maneira que... tens que ver, ou pelo menos vermos, o que é que se passou, né? Em 2003, ou coisa que valha, com as pessoas, né?

PP – Certo. Mas tinha que... algum elemento...

AP – Não, não. Isso ela não entrou em detalhes operacionais. Sabia que a coisa existia, ponto final. Originariamente a história a ti veio com o nosso amigo lá, não é? Do outro lado. Quem te contou a primeira história!

PP – Sim. Espera por esta via não...

Abel Pinheiro fala com Portas e conta-lhe que Rui Pereira foi convidado para suceder a Souto Moura.

Abel Pinheiro (AP) – Almocei com o nosso amigo Rui... Bom. É sobre aquela informação telefónica... Ele vai tratar, mas acha altamente improvável que dentro de dois dias tenha informação.

Paulo Portas (PP) – E alguma informação relevante ou não?

AP – A informação relevante que ele me deu, mas só ‘just for your eyes’: foi convidado para ser o novo procurador-geral da República.

PP – Certo.

AP – Mas isso é tão reservado, tão reservado...

PP – Sim, sim, sim.

AP – Só não estão a conseguir convencer o gato constipado [Souto Moura] a apresentar a carta de demissão e o Sampaio não quer demiti-lo.

PP – Ok, ok, já percebi. De resto nada de especial. Essas coisas... claro!


CARGO PROMETIDO A RUI PEREIRA - Abel Pinheiro conta a Rui Pereira que o seu nome foi falado a Sócrates para PGR e para ser sugerido ao Presidente da República.

AP – Como vês, vale a pena cultivar os nossos amigos.

Rui Pereira (actual Ministro da Administração Interna, ex-coordenador da Unidade de Missão para a Reforma Penal, ex-Juiz do Tribunal Constitucional, Ex-Director dos SIS -Serviço de Informação e segurança) e Abel pinheiro, ex-tesoureiro do CDS-PP.

Abel Pinheiro conta a Rui Pereira que Paulo Portas se encontrou com Sócrates.

Abel Pinheiro (AP) – Olha, o nosso amigo [Paulo Portas]... tive uma longa reunião por causa do nosso congresso.

Rui Pereira (RP) – Hum!

AP – E ele foi chamado pelo patrão-mor do reino... Sugeriu aquele lugar. E fez uma coisa – mas tu guarda isso para ti –, se ele, o meu patrão, intermediava o pedido junto do tio Jorge [Sampaio].

RP – Quer dizer, a ver se eu compreendo. É que eu... agora, escapou-me qualquer coisa. O patrão-mor que tu estás a considerar é o engenheiro?... E o engenheiro é o que pediu para intermediar junto ao Jorge?

AP – Pediu ao meu patrão.

RP – Exacto.

AP – Como sabes, o meu patrão é cria do Jorge, por parte do pai, não é?

RP – Eh pá, olha, já sabes que fico... reconhecido, como é óbvio! ».


in Correio da Manhã, 2007-10-03


Limitação de responsabilidade (disclaimer): Rui Carlos Pereira, Celeste Cardona, Paulo Portas e outros nomes acima referidos pela transcrição de escutas efectuada pelo jornal Correio da Manhã não são, que se saiba, arguidos de qualquer irregularidade ou ilegalidade sobre os factos acima referidos. De qualquer modo, os sujeitos processuais gozam do direito legal de presunção de inocência até à emissão de sentença condenatória transitada em julgado.