quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Celebrações do Dia Mundial da Luta Contra a SIDA - Plano de Prevenção do VIH/SIDA na UALG completa 6 anos de existência



A Universidade do Algarve tem a decorrer um Plano de Prevenção do VIH/SIDA desde Novembro de 2003.


Este programa de prevenção resultou da parceria entre o Gabinete de Psicologia e de Apoio Psicopedagógico dos Serviços de Acção Social da Universidade do Algarve e o C.A.D. de Faro (Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce da Infecção VIH/SIDA de Faro).



O Plano de Prevenção do VIH SIDA da Universidade do Algarve contempla:

1 - Um rastreio semanal de VIH (gratuito e anónimo) em parceria com o CAD/CNLS com a deslocação semanal de uma Unidade Móvel para consulta de aconselhamento, recolha de sangue e despiste rápido de VIH. Os Rastreios das Quartas-feiras são efectuados no decorrer de cada mês, de semana para semana, no Campus de Portimão, na Escola Superior de Saúde de Faro, no Campus de Gambelas e no Campus da Penha, tendo sido efectuados entre Novembro de 2003 e o mês de Novembro de 2008 cerca de 125 rastreios.

2- A distribuição semanal gratuita de preservativos e de informação escrita actualizada a todos os utentes das cantinas e dos bares dos S.A.S.U.Alg assim como a todos os utentes das residências universitárias (desde Outubro de 2002).

3 – A formação pedagógica dos funcionários envolvidos no Plano de Prevenção VIH/SIDA e dos estudantes voluntários do programa de prevenção primária e de redução de danos denominado TU DECIDES que decorre anualmente no recinto da Semana Académica da Universidade do Algarve (desde Maio de 2003).


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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Violência doméstica: Agressores detidos sem flagrante delito - FINALMENTE !!!


Saiu hoje esta notícia que, a corresponder à verdade, é de louvar. FINALMENTE!!!

«O Governo aprovou esta quinta-feira uma proposta para reforçar o combate à violência doméstica. A partir de hoje o agressor poderá ser detido mesmo não sendo apanhado em flagrante delito.

Outra novidade é o facto de os arguidos serem controlados à distância através da utilização de meios electrónicos.

De acordo com Jorge Lacão, secretário de Estado da Presidência, “de forma inovadora, define-se um estatuto de vítima de violência doméstica”, sendo que o diploma concederá às vítimas "uma protecção mais consistente".
Este conjunto de medidas representam um aperfeiçoamento significativo no que respeita à protecção da vítima", comenta Jorge Lacão.

Segundo o secretário de Estado, "serão usados meios técnicos de tele-assistência de apoio à vítima, meios electrónicos de controlo à distância para o cumprimento de decisões judiciais impostas ao arguido ou condenado, além da possibilidade de se configurar como urgente processos relativos a violência doméstica".

Considerado um processo como urgente, "poderá haver a possibilidade de aplicação de medidas urgentes de protecção às vítimas no prazo de 48 horas subsequente à constituição do arguido", explicou o membro do executivo.».

Como técnico voluntário de uma ONG só posso dizer sobre este tardio avanço na protecção efectiva das vítimas (isto partindo do princípio que será eficazmente aplicado): ATÉ QUE ENFIM!!!
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

The (White) House Of The Rising Sun



Em jeito de despedida, dedico esta música dos ANIMALS ao Presidente cessante e ao pessoal do respectivo Gabinete. Como não gosto de imagens de guerra, deploro derivas fascistas e repugna-me a tortura, escolhi esta música que fala de familias disfuncionais, de filhos perturbados, de dependência (de drogas, de jogo, de pessoas, do poder) e de arrependimento "dos pecados" ... e também de Nova Orleãs, outro grande sucesso(!) do consulado que agora finda.

Quanto ao novo ciclo político que se aproxima, ilusões eleitoralistas e propaganda ideológica à parte, é notório que a 4 de Novembro de 2008 ocorreu uma eleição histórica.

Tivemos o privilégio de assistir a uma sucessão de acontecimentos pioneiros, impensáveis há menos de 100 anos: todos os cidadãos de pleno direito tiveram a possibilidade de votar, homens e mulheres foram concorrentes em pé de igualdade e um afro-americano foi eleito Presidente dos E.U.A., um dos cargos políticos com mais poder no Mundo.

Per populum omnis potestas a Deo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Gestão Financeira e Poupança para o Futuro





Existem regras tradicionais para a boa gestão financeira que foram esquecidas na última década em Portugal. São regras básicas que urge repor nos hábitos das pessoas:

1- Controlar as despesas face ao rendimento

Controlar escrupulosamente os gastos mensais identificando à priori as despesas fixas e o rendimento mensal.

Para que este controle seja efectivo há que estabelecer os gastos com luz, água, condomínio, educação, seguros, etc., e determinar quais são as parcelas que absorvem a receita mensal.

Após este controlo entre o que se gasta e aquilo que se recebe é necessário estabelecer prioridades em relação a cada despesa para que depois seja possível identificar as oportunidades para reduzir nas despesas.

As reduções dos gastos podem desde logo começar por pequenos gestos do dia-a-dia tais como cortar nas idas ao café, no consumo de tabaco, na compra de revistas, na escolha preferencial pela aquisição de produtos com marcas brancas, na racionalização dos gastos supérfluos (moda, pequenos luxos tecnológicos e gastos associados, jantar fora), na redução das deslocações em viatura própria, na troca frequente de viatura automóvel, nas férias no estrangeiro, na cedência às estratégias de marketing e de publicidade, nas compras a prestações, etc.

Quem tem créditos elevados deve focalizar-se na sua renegociação e concentrar-se em reduzi-los até ao patamar máximo de 33% do rendimento disponível (Regra do Terço).

Quanto aos cartões de crédito e agências de crédito fácil e imediato - nem pensar! São situações muito próximas à usura. Quem não tem dinheiro não tem vícios, dizia o povo e com razão - infelizmente, entretanto por via das artes ilusórias do consumismo, esse mesmo povo esqueceu-se daquela máxima que precavia a escravatura do crédito.

Se algo é desejável para adquirir, há que fazer um esforço adicional de boa gestão e de poupança de modo a poder acumular meios suficientes para tal aquisição. Grão a grão enche a galinha o papo... vox populi, vox Dei.


2 - Fixar até 33% do rendimento para créditos ou renda da casa

O meu avô (que morreu rico, abençoado seja) sempre me ensinou a “Regra do Terço”, isto é, as despesas com a renda da casa (ou o crédito) não podem ultrapassar 33% (ou aproximadamente 1/3 ) do vencimento mensal.


3 - Reservar mensalmente pelo menos 10% do rendimento mensal para a poupança

A poupança deve representar pelo menos 10% do total do orçamento mensal disponível. Este valor deverá ser colocado de parte logo no início do mês. Esta atitude requer perseverança e disciplina.


4 - Definir claramente os objectivos da poupança

Poupar sem objectivos definidos pode levar a situações de consumo impulsivo. Na poupança é fundamental estabelecer objectivos concretos.

Para começar, é recomendado possuir uma parcela disponível da poupança reservada para situações de emergência. O ideal seria até um ano de salários, sendo o mínimo recomendado 6 meses de salário.

Depois de atingir o patamar mínimo de poupança a ideia não é gastar tudo o que se acumulou mas sim continuar até perfazer pelo menos um ano de ordenado. Atingido este valor, pode-se então aplicar tais reservas na concretização do Plano de Poupança por Objectivos.

A poupança familiar estruturada deverá então ainda passar pela identificação de objectivos específicos, como futuras despesas de educação ou de saúde.

De igual modo, planear a idade da reforma para que seja possível manter o padrão de qualidade de vida após a aposentação é um objectivo de poupança pessoal que se deve começar a executar a partir dos 35 anos.

Outros objectivos da poupança passam ainda por amealhar semanalmente para as férias ou para situações inesperadas (despesas automóveis, substituição de electrodomésticos, etc.)

Identificar as poupanças por itens específicos permite organizar prioridades e disciplinar a gestão dos gastos e função de objectivos claros e definidos.

Depois de acumular um conjunto de valores atribuídos a diferentes objectivos (de curto, médio ou longo prazo) ou após amealhar um volume suficiente para permitir ter alguma segurança caso aconteça algum contratempo, a poupança acumulada deve ser colocada em investimentos, de preferência conservadores no caso das reservas de emergência, de modo a rentabilizar o que é amealhado face à inflação.

Quanto ao tipo de investimentos, deve-se analisar longamente todas as opções disponíveis, sempre considerando o grau de risco, os prazos associados e as condições legais ou financeiras implícitas.


5 - Investimento para a rentabilização da poupança

O controlo racional dos gastos face ao rendimento disponível é um bom início para a boa poupança mas pode ser pouco para alcançar os objectivos desejados.

É assim necessário fazer render o capital poupado, o que pode passar pelo investimento de parte dessas poupanças em diferentes produtos financeiros existentes no mercado.

Para os mais conservadores, existem os depósitos a prazo e os certificados de aforro. Existem também os produtos com vantagens fiscais, como os Planos Poupança Reforma e os Seguros de Vida e de Capitalização.

Para quem queira atingir maiores retornos, mesmo que para isso esteja disposto a assumir um pouco mais de risco, há que ter em conta a gestão profissional dos fundos de investimento ou o recurso aos mercados de acções, com investimentos para o longo prazo (5 a 10 anos) de modo a aproveitar as oportunidades das fases bear (como a actual) e bull dos ciclos económicos.

Neste último caso, recomenda-se a “Regra dos 100”, ou seja, destinar a este tipo de investimento o resultado da subtracção da sua idade ao valor 100.

Por exemplo, quem tem como poupança 100 euros disponíveis para investimento em áreas de riscos mais elevado (como é o caso dos mercados de capital) deve subtrair àquele valor a sua idade e investir o remanescente.

No meu caso a Regra dos 100 seria: 100 – 38 = 62 euros. O remanescente deve sempre ficar investido em produtos de poupança conservadora.


Como dizia o meu avô: no gastar e no poupar é que está o ganho.

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