quinta-feira, 24 de março de 2011

Alea jacta est


Os portugueses deixaram-se enganar durante muitos anos. Por isso, e por causa disso, tivemos este último Governo minoritário que, está demonstrado, foi uma total perda de tempo e tornou aquilo que era provável em inevitável.

Os nossos credores não têm quaisquer motivos para serem pacientes ou tolerantes connosco. Nos negócios não há amigos, existem oportunidades! Provavelmente os juros que pagamos - enquanto os tais credores nos emprestarem o dinheiro que necessitamos - vão disparar e os nossos "ratings" vão cair para níveis próximos de "lixo", aliás um caminho já percorrido pela Grécia e pela Irlanda, mesmo salvaguardadas algumas diferenças com estes Países.

O próximo Governo tem que ser um Governo de maioria, preferencialmente alargada; será um executivo tão ou mais austero que quaisquer outros governos austeros anteriores porque, pura e simplesmente, não pode ser de outra forma.

A situação estrutural e a verdadeira financeira do País (ainda por revelar), exigem um desígnio nacional de união - política, económica e social - face ao tremendo "esforço de guerra" necessário para superarmos as gravíssimas dificuldades em que nos encontramos.

Esperam-nos muitos anos de dura sobrevivência e difícil reconstrução. Oxalá estejamos todos à altura das responsabilidades.

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